Lisboa é, pela história, pela cultura e pela vivência, uma cidade de muitas gentes, culturas, cidade de encontros, reencontros e descobertas.

A cada esquina se revelam as marcas das presenças que o tempo foi deixando de cada parte do mundo que a si se foi acrescentando na dádiva permanente do diálogo, terras e gentes
que a ela se ligam pelo mar.

Do outro lado do grande rio Atlântico terras e gentes prolongam, na língua, na cultura, na história partilhada, na fraternidade das relações que o tempo torna cada vez mais próximas, uma parte da sua alma de cidade do mundo. Reter aqui a outra parte, num espaço simbólico, plural e comum, destinado à confraternização de quem se sente, na diversidade, parte de um todo familiar, é reafirmar e reforçar a naturalidade das coisas.

A casa da América Latina em Lisboa, é por isso, mais uma casa de Lisboa. Uma casa onde todos nos reencontramos, na vivência de uma grande família repartida e aqui
expressa uma identidade comum.

A Câmara Municipal de Lisboa ao promover a instalação desta Casa da América Latina presta uma homenagem aos povos do continente irmão e torna real e concreta a vontade sempre manifestada de fazer mais viva e pujante uma relação que é exemplo de um modo fraternal de estar no mundo.
O que faz com que esta Casa da América Latina seja, de facto, a nossa casa comum que queremos sempre maior e mais aberta para nela caber um futuro comum de progresso, 
a paz, a liberdade e solidariedade.

O Presidente

João Soares